quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O desespero percorre-te a alma. Vives num mundo de alucinações constantes. Nada sabes, já não distingues o real do irreal. desejas que a negrura do teu peito te leve de uma vez. a agonia já se entranhou nas tuas veias, multiplicou-se como Jesus Cristo multiplicou o pão. não tens disciplos que te sigam pois a solidão já te acompanha. sem tu veres, vejo os teus olhos e sugo a tua bela infância, vês ps erros que cometes-te, vida a tua desperdiçada, mas o que desperdiças eu aproveito. pouco a pouco desfaleces mas já nem o vento te leva, a terra já deixa as duas criações devorarem-te e tu nada fazes, nada dizes, apenas temes. temes porque sabes o teu fim, esse temor alucinante que faz palpitar as résteas do teu peit, esse temor, porque sabes que quando te fores me irás encontrar.

2 comentários:

  1. Puta que pariu! Que escrita sensacional! Muito bom mesmo Luisa. O seu jogo de palavras me fascina,. Parabéns mulher.

    ResponderEliminar