domingo, 20 de maio de 2012

e pelo meio da Natureza, tornamo-nos selvagens. deixamo-nos levar pela lei natural. em tudo vemos o sexo e em nada vemos a dor. freneticamente agarras-me, e fazemos o acto. a qualquer momento é o momento certo. e esse desejo carnal consome-te. elevo-te ao paraiso perdido nos confins do inexistente, e o inferno desce-te até aos teus genitais. e cravas as unhas na minha pele pura, ranges os dentes, nos teus braços vê-se a luta com que debates e pelas tuas investidas ve-se a força que contens. eu sou objecto carnal, sou selvagem com obrigação de procriar. em ti não há sentimento, em mim nada há. e terminou. somos selvagens, o canibalismo é lei. o sexual e o canibal juntam-se, e apercebes-te que te irei comer, devorar, destruir, e que o demónio em mim te irá possuir até deapareceres nos confins do inferno que crias-te. mas meu querido amor, nunca te esqueças que a tua morte, é  em prole da tua descendência. somos selvagens.


eu não sou o que tu pensas.

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