quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

De nove meses de gestação de amor puro, eis que nasce a malícia em pessoa. A cria da Fortuna ganhou vida. Envolve-se nos braços dos fortes sugando-lhes a bonança da alegria. Torna os fracos em pecadores e os audazes caem-lhe aos pés como fieis servos. Repele o positivismo e a áurea branca que flui em torno dos puros. Encarna a faceta da inocência e faz renascer a fé dos comuns dos mortais. Pertenceis aos confins dos horrores e a alma vossa lhe pertence. Nada sois agora. Venha o choro da angústia que vos afoga. A vossa Fortuna é o medo. Gritai agora com clemência: "Ó Cria tende piedade de nós".

4 comentários:

  1. Meus deus, fiquei boquiaberta com a tua escrita. É macabra e bela ao mesmo tempo!

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  2. A tua escrita é totalmente inebriante. Magnífica, mesmo!

    Conheço alguém que se encaixa perfeitamente nestas tuas palavras. Estar a ler estas frases fez-me recordar um passado não muito distante. Se não te importares vou citar este teu texto no meu blogue (com todos os direitos devidos). É simplesmente espectacular.

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