domingo, 11 de novembro de 2012

sinto os suores da morte a saírem por cada poro no meu corpo. inalo o ar sobrecarregado de dióxido de carbono, que queima intensivamente cada alvéolo existente. tremo, como se recebesse descargas eléctricas do divino Zeus. entro num submundo de uma mente destruída. almas penosas vagueiam. em mim recebo e nutro cada desespero dos seus pecados. e o ar que não se respira mata e da minha boca brota a pureza do sangue dos inocentes. sentimentalismos são para os fracos. alcanço-te. envolvo-te no meu corpo desmantelado. acorrentar-te-ei ao meu ser, até que a eternidade se suicide. conforma-te com o teu destino criado por mim, tal como me conformei pelo corpo violado. afinal, não vives tu para o paraíso? eu sofro pelo inferno a que me destinas-te. e a morte escorre pela minha tez branca. o arrependimento mata. e tu morres-te.

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